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Foto de Isabel Moreira |
O Projeto Circulação Saltimbembe Mambembancos teve uma
passagem memorável pelo município de Quatá. A apresentação aconteceu no dia 20
de agosto às 20h na Feira da Lua, evento tradicional às quintas feiras no Pátio
da antiga estação da Fepasa.
Cerca de 450 pessoas acompanharam a apresentação, com uma
disposição incrível para rir e aplaudir, que, diga-se de passagem, é o que mais
esperamos neste trabalho do grupo. O público foi o mais variado possível, haviam
muitas crianças que acompanhadas pelos pais e demais parentes, garantiram a
aproximação do público adulto. Os adolescentes chegaram em bandos, alguns vindo
espontaneamente e outros de escolas que permitiram um dia sem aula para
acompanhar a atividade cultural.
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Foto de Isabel Moreira |
É importante ressaltar que o sucesso de público se deu em
grande parte pela dedicação do Secretário de Cultura do município Gustavo
Pilizari. Fomos recebidos da forma mais gentil possível e desde o início da
produção dessa apresentação não mediu esforços mostrando muito empenho e
satisfação em nos receber em Quatá. Grupos que pretendem circular pensando em
descentralização, em Quatá vale a pena!
A Feira da Lua, local da nossa apresentação, reúne comerciantes
de diversos produtos, encontramos desde roupas, brinquedos, comidas e bebidas
até as hortaliças que são mais comuns nas feiras tradicionais. A Feira acontece
no local onde um dia foi a Estação Ferroviária que assim como em diversos
municípios da nossa Região foi transformada em Biblioteca e Centro Cultural. O
espaço externo é também usado como área de lazer, encontros e para aulas de aprendizes
de motoristas.
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Foto de Isabel Moreira |
Quatá está localizada à 500 km da capital paulista e segundo
o IBGE conta com uma população de mais de 12 mil pessoas. A origem do
nome de Quatá é curiosa e foi citada pelo Palhaço Seu Lavanco na apresentação. Segundo
uma exposição de fotos e documentos antigos que encontramos no Centro Cultura, as
matas da região eram habitadas por uma espécie de macacos (em algumas fontes encontramos
a informação que esse macaco é o bugio e em outras é o macaco aranha) que emitiam
um som característico: "Qua...tá" "Qua...tá", daí
surgiu esse nome.
Segundo esses documentos toda a região Oeste do Estado de São
Paulo nas proximidades do Rio Paranapanema, à pouco mais de um século, pertencia
ao povo Caingangues ou Coroados, que nessa época viviam em um ambiente totalmente
diferente dos latifúndios que são vistos hoje. O ambiente e era selvagem, até o
princípio do século XX, os mapas de São Paulo assinalavam essa imensa região
com uma expressão genérica e imprecisa: "terras desconhecidas e habitadas
pôr índios".
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Foto de Isabel Moreira |
A penetração nessas áreas pôr colonizadores, motivados pela ambição
do "grilo" se deu no final do século XIX, num longo período de conflitos
com os índios que resistiram, mas acabaram dizimados em meio à histórias de
massacres, exploração e escravidão.
Após a derrubada das matas e a expansão das plantações de café,
algodão e cana de açúcar a região começou a ser procurada pôr migrantes vindos de outras cidades e posteriormente pôr trabalhadores portugueses e italianos.
Mais informações sobre a história de Quatá e sobre a nossa passagem
por lá podem ser vistas no site da Prefeitura:
As fotos desse dia das outras apresentações desse projeto podem ser vistas no Fliker:
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