quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Tarabai lotou! Adultos, crianças, idosos, adolescentes e até cachorros...

A nossa chegada na cidade na tarde de sexta feira dia 28 de agosto foi tranquila, percorremos os 30 km de estrada , quase toda duplicada, que liga Presidente Prudente a Tarabai, em meia hora de viagem chegamos. Havia tempo de sobra, fomos direto para a padaria em frente à Praça da Matriz, local da apresentação, e tome salgados, pão de queijo, misto quente, café, muito café! Tarabai tem perto de 7 mil habitantes e fica à 520 km da capital paulista.


Foto de Ana Paula Carneiro
Enquanto comíamos tivemos que negociar o local da apresentação, inicialmente estávamos marcados para a Praça da Matriz e quando chegamos percebemos que a escadaria da igreja daria uma bela arquibancada para abrigar o público, mas soubemos pelo Secretário de Cultura, o atencioso Marcílio, que o local da apresentação seria atrás da igreja, lugar bacana também, mas não quisemos dispensar aquela arquibancada perfeita destinada aos pecadores católicos da cidade em busca da salvação. Marcílio conversou com o Padre que permitiu que o teatro acontecesses neste local ideal. Por sorte o Padre é um sujeito muito simpático, recém chegado naquela paróquia, Padre Tuti, era de Presidente Prudente e sua paróquia anterior foi justamente a que o Palhaço Beterraba deixou de ser profano e fez sua primeira comunhão e Crisma. Tuti ficou feliz de saber do Beterraba, nós também.
Foto de Ana Paula Carneiro

Nossa recepção, como é de costume foi feita por diversas crianças, as primeiras a se aproximarem com uma curiosidade tremenda que supera a vergonha, ou receio dos forasteiros. O personagem da cidade Cabelinho veio logo em seguida com seu inseparável botijão de cachaça, sua conversa mole, as vezes sem final e bastante tranquila. A mãe das crianças chegou em seguida feliz da vida de lembrar que já nos conhecia de uma apresentação que fizemos na cidade há 10 anos atrás, essa lembrança foi boa rememoramos que apresentamos o mesmo espetáculo e que esse espetáculo de mesmo daquela época só tem o nome, muita coisa mudou durante o processo.
Foto de Ana Paula Carneiro

Estávamos otimistas, havíamos distribuído com o apoio da prefeitura mil filipetas em escolas e locais público, a propaganda volante passou 3 dias seguidos na cidade lembrando a população e a rádio ajudou a convidar os tarabaenses. Sabíamos que ia dar bastante gente, mas sempre fica uma dúvida se vai lotar, se vai “Estourar no Norte” como falamos quando a coisa da certo.

Aproximamos a lona da escadaria, deixamos pouco espaço entre a escada e o local cênico para não correr o risco de ficar longe do público se esse preferisse ficar nas arquibancadas. A prefeitura nos disponibilizou cerca de 80 cadeiras que colocamos nas laterais para formar a semi - arena característica nossa.

Foto de Ana Paula Carneiro

Foto de Ana Paula Carneiro
Lotou! Muita gente veio assistir o espetáculo, estimamos mais de 600 pessoas estiveram na praça naquele dia. Aí percebemos que poderíamos ter distanciado um pouco mais o cenário da arquibancada para caber mais gente sentada no chão. O público buscava lugar para conseguir assistir ao espetáculo, o Maestro Nicochina ficou cercado de gente, as crianças entravam no meio da bateria, lugares que agente nunca imaginou que alguém poderia passar eles passavam. O Maestro antes de bater com a baqueta nos tambores tinha que olhar pra ver se nenhuma criança estava escorada nos seus instrumentos. Isso não atrapalhou significativamente o evento, foi ótimo, apenas em um momento essa invasão da cena fez com que algumas pessoas em busca de uma posição para assistir o espetáculo pisassem nos cabos de energia e desligassem alguns microfones, mas tudo foi resolvido em questão de segundos por Nicochina e seus oito braços...

Foto de Ana Paula Carneiro
A chegada das pessoas foi bonita de ver, uma Lua nova brilhou no Céu próximo das 20 horas e o público chegava de todos os lados, algumas crianças foram para suas casas tomar banho pra voltar limpinho pra assistir o teatro, outros saíram da missa e nem desciam da escada, por lá se instalaram. Família, adolescentes, casais, até uns cachorros chegaram, afinal espetáculo de rua sem cachorro não é comum.

As gargalhadas daquela gente foram tão fortes, impactavam mesmo, o som vibra na gente quando vem com essa força e de tantas pessoas, da satisfação, certeza que agradou, é assim que se diz no circo quando uma apresentação da certo.

As fotos da nossa apresentação em Narandiba estão na página FOTOS desse Blog ou no Fliker:

Foto de Ana Paula Carneiro






Próxima parada Narandiba!

Nenhum comentário:

Postar um comentário